Governo Civil de Viana do Castelo

Marte Instruto

Marte instruto (Generalidades sobre a batalha antiga e a medieval e meios de acção nelas empregados) é o texto de uma conferência proferida nas «Festas Militares» de 1935 no Teatro Sá de Miranda de Viana do Castelo.

SUMÁRIO: Preâmbulo. De como de uma reminiscência escolar e de um soneto de um Poeta contemporâneo se engendra uma alegoria táctica. A choupana e a arma. O contacto. A ofensiva. O combate de encontro. O ataque de flanco e de revés. A defensiva. A pequena diferença… O que é o exército. Carácter ofensivo da batalha campal na era da arma branca. Referência aos cercos e à retirada. O objectivo final e os objectivos individuais. Os meios na idade do ferro. Canas (a.C. 216) O mago das batalhas. O local e o dispositivo. A manobra envolvente. Outros engenhos. Predomínio da cavalaria. As milícias concelhias. Pequena variante de armamento medieval sobre o antigo. Novas de Telesa (1212) A cruzada. Um rei não belicoso. O dispositivo. A solidez da infantaria portuguesa. O arranco. O milagre de Navas. Palavras de Herculano. Razões porque se pára aqui.

Um episódio local. A muralha da Vila de Viana-da-Foz-do-Lima. Um lugar selecto de Silva Campos. Um segrel contemporâneo: ao sabor da musa popular… Pelo Mestre de Avis! Nun’Álvares às portas da vila. O reforço de dentro. O desfecho. Levantando o guante.

Emigração e Alfabetização – O Alto-Minho e a Miragem do Brasil

A obra, resultante a dissertação de mestrado apresentada pelo autor na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, compõe-se de três partes:
– Primeira Parte: Contexto político, económico e social;
– Segunda Parte: Alfabetização e quadros familiares;
– Terceira parte: Percursos e dinâmicas.

O estudo é, inegavelmente, um contributo importantíssimo para o conhecimento da emigração alto-minhota no século XIX, com base num estudo exaustivo dos elementos constantes dos passaportes emitidos pelos Governo Civil de Viana do Castelo, entre 1835 e 1860.
Assim, ao longo das mais de duzentas páginas que formam a obra, Henrique Rodrigues aponta leis sobre emigração de 1760 a 1863, com incidência na acção do Marquês de Pombal, nas transformações decorrentes das invasões francesas, no período de luta entre absolutistas e liberais, na posição dos jovens face aovserviço militar obrigatório. Aborda também os reflexos que as crises políticas e económicas tiveram na população do Alto Minho – a emigração -, para se deter, no terceiro capítulo, na análise da distribuição por grupos etários e por períodos, da emigração para o Brasil, bem como na origem geográfica, sócio-profissional e cultural daqueles que emigravam.
Na segunda parte, refere, como o título indica, os índices de alfabetização dos emigrantes que do Alto Minho se desloicavam para o Brasil e os seus quadros familiares (relações de parentesco entre os emigrantes e aqueles que pertenciam a quadros familiares precários – expostos, órfãos e filhos ilegítimos).
A última parte é preenchida totalmente com o tratamento de dois temas: objectivos e destino dos emigrantes e a dinâmica dos abonadores no universo da emigração. Se no primeiro capítulo são referenciadas as áreas de destino dos emigrantes, actividades profissionais que exerciam, sexo, estado civil e municípios de origem, no segundo, o autor centra-se no papel dos abonadores e suas áreas de influência, nos capitães e proprietários de barcos e na dinâmica familiar de apoio à emigração.
Cerca de três dezenas de figuras (gráficos) encontram-se inseridas ao longo dos diversos capítulos e quase duas dezenas e meia de quadros preenchem a parte final da obra.
De salientar, também, o “Apêndice Documental” e a extensa lista bibliográfica que foi consultada para a realização do estudo.