Prefácio
Colegas e amigos a quem Deus dotou, não só com engenho para a ciência e gosto pela arte, mas também com extrema sensibilidade para os problemas regionais, vinham insistindo comogo, desde há anos, para que escrevesse as memórias da saudosa “Colónia de Viana”.
Sempre recusei tal missão. Primeiramente, porque nunca me achei ser a pessoa indicada para o fazer; depois, porque cedo me apercebi dos inevitáveis melindres que a questão suscitaria. Contudo, perante o desinteresse de uns e falta de disponibilidade de outros, e porque habituado, desde o tempo de estudante, a “dar o corpo ao manifesto”, em prol da autonomia religiosa de Viana, não me pareceu correcto, neste momento, o abandono da embarcação. Todavia, condicionei logo o trabalho à colaboração de intervenientes, que fossem representativos das várias épocas por que a “Colónia” passou. Pareceu-me, desde início, que este trabalho teria de ser mais colectivo do que individual. Por isso, organizei um questionário de perguntas, que julguei indispensáveis ao esclarecimento dos factos e enviei a vários participantes da “Colónia”. Uns responderam, outros não.
Com as respostas recebidas, outra coisa não me restava do que dar-lhes a luz da publicidade, respeitando a interpretação de cada um e a ordem cronológica dos eventos. Depois, naturalmente, dou a minha versão dos acontecimentos.
Outros
Badanas
Fotografia do autor, seguida de uma curta referência à sua actividade jornalística e de dois comentários de Júlio Vaz, um relativo ao romance “A Procuração” e o outro à colectânea “Farol do Bugio”.
Contra capa
Ilustração representando o brasão da Colónia de Viana.
Excertos
Cap. I
Ao iniciarmos este trabalho sobre a Colónia de Viana, parece-nos ser útil e necessário situar aquela instituição, no tempo e no espaço.
Por isso, embora de forma sucinta, convém fazer uma resenha histórica da organização eclesiástica nas terras onde, mais tarde, vai ser criada a diocese de Viana.
Só , assim, se conseguirá perceber a razão de determinadas motivações e a lógica de alguns acontecimentos, que alicerçaram as aspirações locais se emancipação diocesana.
Para apresentar a história da vida eclesiástica, através dos tempos, nas terras que nos circundam, julgamos nada melhor do que, com a devida vénia, transcrever o que o movimento para a criação da diocese, em 1964, escreveu sobre o assunto, na petição ao Santo Padre,
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