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ISBN | 972-588-135-4 |
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Antologia Poética de Castro Gil
Esta é uma antologia. Aquela que o seu organizador, o Dr. Alberto A. Abreu, julgou possível, como o diz no respectivo prefácio, que transcrevemos na íntegra em COMENTÁRIOS/ESTUDOS… e aconselhamos a ler.
Conheça o autor
Sem as «Madeleines» de Proust
Após o belo prefácio de Alberto Abreu, os quarenta e sete poemas desta obra distribuem-se por três partes.
Os trinta poemas que constituem a primeira parte, intitulada “De perto e de Longe”, pode ser integrada na denominada literatura de viagens. Dela constam poemas inspirados em lugares/acontecimentos marcados pela proximidade geográfica (Lisboa ou Viana), mas também outros que remetem para exóticas e distantes paragens, Marrocos ou a Grécia, México ou a Patagónia, para apenas referir alguns exemplos.
A segunda parte, “Avena Rústica”, constituída por dez poemas, canta as origens rústicas do seu autor e é dedicada à região altominhota, aos seus patronos (“Nossa Senhora das Neves” ou “Promessa e Louvor”), aos usos e costumes desta região (“Vindimas da minha terra” e “Samiguel Minhoto”), às suas gentes (“O motard bacano”).
Nos sete poemas da terceira parte, “Personagens Típicas de Vila de Punhe”, o autor presta tributo a personagens, suas conterrâneas, que se destacaram pelas mais diversas atividades – música, poesia, mendicidade, venda ambulante…
Pelo Mundo em Pedaços sem Partido
Escrever é criar circunstâncias e memorializar viagens.
De Viagens nos fala este livro de Amadeu Torres. São 78 sonetos e quatro momentos.
Num primeiro momento, aparecem textos escritos entre 94 e 2001 e que reflectem viagens por Portugal, pela Rússia, pela Alemanha, pela Áustria, pela Inglaterra, pela França, pelo México, pelo Chile, pela Argentina, pelos EUA… São pedaços de si, a esmo espalhados pelo mundo de onde nos traz o Taj Mahal, as bétulas de IASNAIA POLIANA, os castelos do Reno, o Krupp do aço, o Hitler e o Duce, Shakespeare, Walter Scott, William Wallace, a Magna Carta, Bonaparte e S. Guirec, Chartres, Cracóvia e Damião de Góis, Garcilaso de La Veja, o trem de Machu Picchu, etc.
No 2º momento, de 97 a 2000, lembra-nos, à distância de 60 anos, a Carta de Atenas; fala-nos de Quioto, de Teixeira de Pascoais, de cantores e romancistas, de sinestesias e de presépios, do KGB e dos progromes da fome; lembra O JUSTO e o Sousa Mendes, o Ieltsin e Púchkin; recorda os castanheiros e as cerejeiras dos avós, o António Aleixo, o António Nobre e AS MENINAS, do Museu do Prado.
A terceira parte são textos essencialmente políticos e de intervenção: A REVOLUÇÃO FRANCESA, A Justiça e a Cega Balança, o dia da árvore, o trabalho infantil, os “bandos de selvagens”, a liberdade de Abril, o Zé Povinho e os que o exploram, o “lobby gay”, Camarate, os talibãs, etc.
Finalmente, no último grupo de textos – Políptico Poetogastronómico – dedicados a Francisco Sampaio e Nuno Lima de Carvalho, encontramos 6 sonetos onde nos faz salivar com o Ensopado, a lampreiada, o Cabrito Montês, a Sopa Seca, o Arroz de Sarrabulho e Melgaço à João Penha.
No espólio de Juvenal e noutros
O autor divide o livro em duas partes:
1. A 1ª , No Espólio de Juvenal, dá o nome à obra e é composta por 30 sonetos onde Amadeu Torres satiriza usos e costumes do seu Portugal contemporâneo. Assim passam por nós, a “Santa esquerda”, a “Des-história estrelada”,l “O virgulismo”, “o riso aquém do siso”, o “surrealisquestão”, “os ridículos”, etc.
2. A 2ª , E noutros, divide-a em dois momentos. Chamou ao primeiro, com 20 sonetos, Flauta de Pã, e aí evoca Sebastião da Gama, José Augusto Seabra, o maestro José Pedro, Mario Luzi, o Aurora do Lima, Mariana Pineda, o Gerês, Sintra, etc.
O 2º momento, Avena Rústica, compõe-se de quintilhas, em redondilha maior, dedicadas a personagens típicas de Vila de Punhe: O Chico Vila Fria, o Tio Manuel Farofa, O Tio António Belicha, a Tia Engrácia Caixeiro, o Tone Teclo.
E Mais Mundo Haverá
É um livro bilingue, prefaciado por Claude Hulet, que embora seja dedicado a Fernando Pessoa, tem Camões como inspirador e se propõe “louvar os principais aspectos da história de Portugal […] e censurar […] a apagada e vil tristeza” do país em que vive.
Aconselhamos a leitura do Prefácio (cf. Comentários/Estudos)
Em Louvor de Viana e Outros Poemas
O livro divide-se em três partes.
A 1ª. Que lhe dá o nome, compõe-se de 19 quase-epifanias de “Viana do Minho” e da Costa Verde, da ponte metálica e das pombas de S. Domingos, da festa, da feira, do castelo e da fé dos pescadores… e mesmo quando a paixão do seu peregrinar o colocou longe da pátria, recorda, ainda assim, Viana, a “bela das mais belas”.
Na 2ª parte, a que chamou Outros poemas, encontramos 13 sonetos onde o autor nos fala sobre a aldeia, os costumes e as tradições (escultores, sardinheiras das Neves, o Monte de S. Silvestre, as sargaceiras, a terra e as danças, as alminhas) e sobre “os nossos poetas”: Diogo Bernardes, Agostinho da Cruz, Sebastião Pereira da Cunha, António Feijó, João Verde, João da Rocha, Alfredo Reguengo, Severino Costa, José Crespo, Pedro Homem de Melo, Francisco Pitta, Maria Manuela Couto Viana, António de Cardielos, Rosália de Castro, Carvcalho Calero, trovadores Minho-galaicos, entre outros.
Na última parte, no Apêndice poético-musical, incluiu textos, alguns musicados (hinos) de “homenagem a esses heróis do trabalhoque tanto amam a sua terra e toda esta região maravilhosa do Alto Minho”.
Excertos
ENTARDECER
Caem do dia os últimos lampejos
De agonizante a quem tocou a sorte.
Faltas de ar, estertores, ânsias, morte
Carpideiras – os rouxinóis nos brejos.
A vida cai também nos lugarejos.
Não se ouvem já os boieiros de voz forte;
Rebanhos e chocalhos vão à corte,
As frautas dos pastores não têm arpejos.
O dia morre como morre a gente
Orações, crepes, noite de presente
E vem dulcificar-lhe as agonias,
Enquanto que da torre descem lentas,
Num réquiem de piedade e luzes lentas,
Florinhas a rezar ave-marias…
(de O meu caminho é este)
A SÁ DE MIRANDA
Pina Martins, Farinha, Félix e eu
Fomos à Casa-Quinta da Tapada:
Das dez à uma a pé, bela jornada
Em que muito se viu e se aprendeu.
Durante o sobe-e-desce, aconteceu
Poesia engrinaldando a caminhada:
Pina Martins a dá, bem recitada.
Até na Fonte em que cada um bebeu.
De vez em quando, o porte da sequóia
Parecia o de guardiães daquela jóia
Que o bom Sá foi, com arte, lapidando.
O Poeta não estava à nossa espera.
Mas na Quinta e Solar onde vivera,
Ele nos abraçou como se estando.
(No dia de S. Tiago de 1998)
in.: A Fonte de Hipocrene cinquentando
A ILHA VERDE
Desce a chuva fria e densa,
Que põe nas ondas tons de mau agoiro.
De velas pandas sobre a estrada imensa
Eu levo no meu barco um sonho de oiro.
Nem vejo a noite que se espessa e gela.
Barco e barqueiro não ouvimos nada.
Mas de ambos rumo certo é a ilha bela,
A Ilha Verde, meta da jornada.
O barco finge não recear ninguém.
A distância é babugem que se apaga.
No entanto, a tempestade sobrevém
E tudo desconjunta e tudo alaga.
Em frente à Ilha Verde, à flor das águas,
Eu só, Robinson outro, preso às tábuas.
(Coimbra, 1951)
in.: Caminhos de Emaús
Livros relacionados
O Velho de Novo
Nesta antologia estão incluídas sete obras poéticas de António Manuel Couto Viana: O Avestruz Lírico, O Coração e a Espada, Relatório Secreto, Nado Nada, No Oriente do Oriente, Café de Subúrbio e o Velho de Novo.
No que diz respeito às linhas de leitura de todos estes livros, remete-se para o prefácio de Pedro Mexia (cf Comentários, Estudos)
Roteiro Poético de Viana do Castelo
As cidades, como as gentes, são espaços de percurso para os nossos afectos.
Neste livro, Alberto Antunes de Abreu ensina-nos Viana pela mão das emoções de Alfredo Reguengo, João da Rocha, Álvaro Feijó, Amadeu Torres, António Manuel Couto Viana, Conde de Bertiandos, Conde de Aurora, Fátima Passos, Fernão Lopes, Francisco Sampaio, Frei Luis de Sousa, Jorge Amado, José Caldas, José Saramago, Júlio de Lemos, Manuel Baptista da Silva, Maria Emília Sena de Vasconcelos, Maria Manuela Couto Viana, Ramalho Ortigão, Rúben A., Salvato Feijó.
Lendas do Vale do Lima
Em “Lendas do Vale do Lima”, António Manuel Couto Viana realça o lirismo e o sentido épico das lendas e narrativas originárias dos quatro concelhos do Vale do Lima, característica de quem é detentor de uma obra que procura reabilitar o culto do passado, da paisagem e dos amores tímidos.
Com ilustrações de António Vaz Pereira, esta obra, patrocinada pela Valima – Associação de Municípios do Vale do Lima – oferece ao leitor um conjunto de vinte e quatro lendas originárias desses mesmos municípios.
Antologia de Poetas do Alto Minho
Desta Antologia de poetas do Alto Minho constam 90 poetas que vão do século XII até aos nossos dias. Segundo o autor, o critério para a selecção dos autores inseridos neste volume foi que cada um tivesse, no mínimo, 60 páginas publicadas.
Os poetas surgem por ordem alfabética e, entre os vários nomes, podemos encontrar António Feijó, Castro Gil, Alfredo Reguengo, Francisco Sampaio, Maria Emília Sena de Vasconcelos, Pedro Homem de Melo, etc.
Badaladas da hora que passa
Colectânea constituída por 77 artigos publicados em jornais regionais (Diário do Minho,Notícias de Viana, Aurora do Lima, O Vianense e Falcão do Minho).
Num estilo, por vezes, irónico, e onde abundam os jogos de palavras, o autor aborda uma panóplia de temas que vão das tradições académicas ao futebol, da religião à política, dos feriados e dias santos às portagens nas Scut, da televisão à natalidade e interesses juvenis ,sem esquecer as contradições da sociedade portuguesa.
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