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Horizonte

Nas badanas da capa e contra-capa de “Horizonte” surgem textos críticos acerca do autor de várias personalidades, como Orlando Sotto-Mayor, Napoleão Palma e Eng. Carlos Pimpão, bem como de jornais regionais e nacionais. A capa, desenhos e arranjo gráfico de “Horizonte” são da autoria de Elder de Carvalho. Acerca deste livro, o poeta refere “Horizonte…/Imagens sobrepostas/Abrem o fluxo/Dos meus versos.” e transcreve uma estrofe do livro “Desnublar”: “E assim, do sentido da palavra/Vem a esperada deturpação, /De acta de quem se lavra/Por momentos de inspiração.” Segue-se uma nota introdutória de Fernando Melim. Segundo o mesmo: “Porfírio Silva é um poeta, é um homem torturado, é um sonhador desses ideais onde o mundo, as coisas e os homens podem coexistir, um sonho, afinal, transformado em ruína e pesadelo mal é sonhado. Por isso é que escreveu este livro «Horizonte», como escreveu outros antes deles. E sempre a sua linguagem é agreste porque é uma linguagem de denúncia da injustiça, da mentira e da hipocrisia. Francisco Carneiro Fernandes, em «A Aurora do Lima», acrescenta: “A nosso ver, «Horizonte» tem a veia da sua sensibilidade, o timbre de um devir em construção, um pulsar racional, por vezes irónico e mesmo sarcástico, mas também, necessariamente, sonhador. Porfírio Silva tem a têmpera, a dureza, o estilo e a austeridade de princípios que regem a porfia da vida. Adiantaria: A objectividade em Poesia! Não é um “poeta de água doce”, mas tem o sal do pão e do mar que abraça…”. Nesta obra podemos encontrar as seguintes linhas temáticas: – reminiscências; – ânsia de ser poeta; – desigualdades sociais; – o sonho e a persistência; – introspecção; – amor; – quotidiano e o espaço como lugar de objectos e pessoas, de passagem e permanência; – inquietação; – temática religiosa e/ou mitológica; a paisagem física; poemas dialogados; poemas em tom de dedicatória…

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Conheça o autor

"Porfírio Pereira da Silva nasceu na freguesia de Mazarefes, concelho de Viana do Castelo, no dia 26 de Novembro de 1956. Partiu para Angola com apenas três anos, tendo regressado quando completou 14 anos. Frequentou o primeiro ciclo na vila de Maquela do Zombo (Uíge), prosseguindo estudos em Silva Porto (Bié) -o actual 5º ano do ensino básico - e no Colégio do Negage (Uíge) - o 6º ano do mesmo ciclo. Regressado a Portugal, em Outubro de 1971, completou o Curso Geral de Mecânica na Escola Industrial e Comercial de Viana do Castelo. Desempenhou a função de técnico fabril nos Estaleiros de Viana do Castelo. Hoje é funcionário da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, colaborando em diversos jornais regionais."
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Prefácio

NOTA INTRODUTÓRIA

Apresentar um livro e o seu autor é uma tarefa ingrata. Contudo, tendo lido “DESNUBLAR” e recebido a sua mensagem, julgamos que o presente livro é, para além da evidente poesia das palavras, o desnudamento da personalidade do poeta pelo que, falar deste trabalho intitulado “HORIZONTE”, se torna menos problemático. Porfírio Pereira da Silva trabalha nos Estaleiros Navais de Viana, já escreveu outros versos, criou um imprevisto e singular programa na extinta Rádio Alto Minho denominado “ESPAÇO POETICO” e, com ele fez, pelas esquecidas Letras da nossa região, mais que muita e variada gente. Para além destas actividades, o nosso conterrâneo, escreve, pensa e vive.

E vive! Vive inquieta e vibrantemente, saem-lhe as palavras e o sonho com o eco das marteladas que amoldam o ferro e, nas páginas brancas e silenciosas, incomodamente as acomoda.

Poesia e vida coexistem neste “HORIZONTE”, correspondem-se, e são a síntese do mundo apreendido pelos olhos da sua sensibilidade que recusa esse mesmo mundo que a sua razão, talvez, tolera.

E pressente-se, neste verbo impetuoso, uma vivência torturada. É, a linguagem, um grito de quem ainda não deixou fenecer os ideais que anseiam a vida e os homens com uma face mais serena, mais amável e mais humana.

Como em “DESNUBLAR”, Porfírio Silva continua a interrogar e a interrogar-se neste “HORIZONTE” onde desce, uma e outra vez, ao fundo da sua interioridade na tentativa de entender a razão das razões sem razão que, como armadilhas, o cercam a ele e, afinal, nos cercam a nós.

A sua poesia é um laboratório onde pesquisa a vida e o mundo e nele, incansavelmente, busca respostas inatingíveis.

Em pinceladas breves e vigorosas, claros rasgões de clara luz, onde se reconhecem lugares, tipos e posturas, o poeta inquire sempre e são as palavras exorcismo contra a hipocrisia, contra a intriga e contra a fatuidade. Mas há, também, uma procura do transcendente, uma caminhada dolorosa feita de dúvidas, de ânsias e de sonhos, face ao intuir de algo existente para além da dimensão reconhecível pelos sentidos.

Haverá quem, aqui e ali, erga a bandeira da heresia; que não possa ou não queira descodificar este verbo desassombrado; mas atrevo-me a duvidar que haja quem se quede indiferente perante estes versos que brotam violentos e frágeis, desafiadores e impotentes, doces e agrestes, e, quase sempre, cheios de solidão.

Porfírio Silva é poeta para largos e altos voos e será um daqueles incómodos criadores de palavras poéticas destinados a conhecer as encruzilhadas do mundo sem que as encruzilhadas o reconheçam. Porque Porfírio Silva não é criatura que se limita a existir e, por isso, se irmana a outro poeta anónimo, de seu nome JOSÉ ROBALO, que se retratou nos seus próprios versos e que eu, aqui, tomo de empréstimo como aviso, como estímulo ou como epitáfio:

No velado do meu silêncio triste

Que de pobreza a noite fria veste,

Pedi-te, mundo, amor para me vestir,

E na riqueza que em ti tanta existe,

Entre toda a seda que a ver tu me déste,

Não achei um trapo com que me cobrir.

Viana do Castelo, 13 de Março de 1989

Fernando Melim

Escritor

Outros

Badanas

Sobre
« DESNUBLAR»

« Sua poesia afirma-se neste seu segundo livro com mais pujança, levando até ao público ledor a mensagem poética de um espírito jovem, e criador. A essência do conteúdo literário desta sua obra é a mesma de Ensaio Literário: humanismo, idealismo e clareza de expressão.

………………………

Continue pois a escrever os seus versos com o sentido de independência que lhe é conhecido.»

ORLANDO SOTTO-MAYOR

« Pela sua humanidade, calor terra a terra, sem floreados, num sentimento profundo de ternura, de amor pelos outros numa entrega total de construção de algo que existe que é real, mas não palpável.

Bem haja pois pelo seu livro e muito mais pelos seus belos poemas.»

NAPOLEÃO PALLMA

(Fundador do jornal dos Poeta & Trovadores)

« Ao longo das páginas, este jovem trabalhador dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo faz perpassar a denúncia de situações de injustiça, mentira e violação de direitos hum anos, apontando constantemente para uma mensagem.»

NOTÍCIAS DE VIANA

«Neste novo livro, o primeiro do autor foi publicado há três anos com o título Ensaio Literário, Porfirio Silva aborda questões pertinentes de natureza social.»

JORNAL DE NOTICIAS

«Como antigo colega do “Roda do Leme”, pois connosco trabalhou durante alguns anos e cientes de quanto para si representa este trabalho, daqui lhe enviamos o nosso abraço de felicitações denunciando ao mesmo tempo o valor literário contido no “Desnublar”.»

RODA DO LEME

« Trata-se da segunda obra poética deste autor, a quem felicitamos pela actividade intelectual que profundamente dedica aos problemas, anseios, afectividades e querer do mundo humano que o rodeia.»

O VIANENSE

« Mais um poeta? Sim, um POETA. O Autor nasceu poeta, ali, perto de Viana, na linda freguesia de Mazarefes.

……………………………………………………………………………………….

A sua sensibilidade sabe apreender, observar, sentir e criticar. As vezes de maneira irónica, subtil, outras de forma satírica e causticante.»

FILIPE FERNANDES

“A Aurora do Lima”

« Ensaio Literário e Desnublar confirmam que no trabalho há sensibilidade, e que ENVC, para além de importante agente económico, Constitui um polo de Humanismo no Alto Minho.»

Eng. CARLOS PIMPÃO
Sobre

« DESNUBLAR»

« Sua poesia afirma-se neste seu segundo livro com mais pujança, levando até ao público ledor a mensagem poética de um espírito jovem, e criador. A essência do conteúdo literário desta sua obra é a mesma de Ensaio Literário: humanismo, idealismo e clareza de expressão.

………………………

Continue pois a escrever os seus versos com o sentido de independência que lhe é conhecido.»

ORLANDO SOTTO-MAYOR

« Pela sua humanidade, calor terra a terra, sem floreados, num sentimento profundo de ternura, de amor pelos outros numa entrega total de construção de algo que existe que é real, mas não palpável.

Bem haja pois pelo seu livro e muito mais pelos seus belos poemas.»

NAPOLEÃO PALLMA

(Fundador do jornal dos Poeta & Trovadores)

« Ao longo das páginas, este jovem trabalhador dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo faz perpassar a denúncia de situações de injustiça, mentira e violação de direitos hum anos, apontando constantemente para uma mensagem.»

NOTÍCIAS DE VIANA

«Neste novo livro, o primeiro do autor foi publicado há três anos com o título Ensaio Literário, Porfirio Silva aborda questões pertinentes de natureza social.»

JORNAL DE NOTICIAS

«Como antigo colega do “Roda do Leme”, pois connosco trabalhou durante alguns anos e cientes de quanto para si representa este trabalho, daqui lhe enviamos o nosso abraço de felicitações denunciando ao mesmo tempo o valor literário contido no “Desnublar”.»

RODA DO LEME

« Trata-se da segunda obra poética deste autor, a quem felicitamos pela actividade intelectual que profundamente dedica aos problemas, anseios, afectividades e querer do mundo humano que o rodeia.»

O VIANENSE

« Mais um poeta? Sim, um POETA. O Autor nasceu poeta, ali, perto de Viana, na linda freguesia de Mazarefes.

……………………………………………………………………………………….

A sua sensibilidade sabe apreender, observar, sentir e criticar. As vezes de maneira irónica, subtil, outras de forma satírica e causticante.»

FILIPE FERNANDES

“A Aurora do Lima”

« Ensaio Literário e Desnublar confirmam que no trabalho há sensibilidade, e que ENVC, para além de importante agente económico, Constitui um polo de Humanismo no Alto Minho.»

Eng. CARLOS PIMPÃO

Excertos

HORIZONTE DE INFÂNCIA

COM ALEGRE SERPENTEAR

A PICADA SE VAI TRAÇANDO,

TERÁ ELA MUITO QUE CONTAR,

MAS SEGREDOS VAI GUARDANDO

NO HORIZONTE AS LINDAS CUBATAS

E AS FRONDOSAS PALMEIRAS;

AS RAVINAS INCLINADAS,

COM SUAS PASSAGENS ESTREITAS.

MULHER DE MAQUELA…

É NO OLHAR DELA,

QUE O HORIZONTE ANDA

JUNTO DA MINHA INFÂNCIA

TRISTE, MAS BELA.

Maquela do Zombo 03/03/1970

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