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Memórias do Passado: Contos do Presente

A uma dedicatória, intitulada “Na Patena…”, e dirigida a todos aqueles com quem o autor se cruzou ao longo da sua vida familiar e eclesiástica, segue-se uma “Apresentação”, na qual o autor explica a génese deste volume,”uma autobiografia” que foge “ao sistema tradicional de indicar os pormenores biográficos de índole pessoal”, mas cujos “Contos” “são pedaços de uma vida contada aos bocadinhos, sem rigor temporal, nem ordenança lógica”.

Sucedem-se, depois, trint e uma pequenas histórias sobre pessoas, acontecimentos do passado, trabalhos agrícolas, crenças antigas, lugares, episódios da vida de professor e eclesiástica, nas quais, de uma maneira ou de outra, o autor participou.

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"PORQUE ESCREVO?... --Porque escrevo? --Escrevo...porque gosto. Porque, creio, sou lido. Escrevo, porque aprecio fazer viajar ideias e ornamentar frases bonitas. Dá-me gozo transformar o adjectivo em rosa e, delicadamente, oferecê-la ao substantivo mais próximo. E brincar aos "robertos"com os verbos. Fazê-los falar em várias vozes, por diversificadas pessoas, com ou sem reflexos, neste tempo e daquele modo. Depois, há pessoas que dizem o que sentem. Há,porém, outras que sentem, mas não sabem dizer. Escrevo, ainda, porque nasci à beira do Lima e perto do mar. A onda da maré, rio acima, ou a do mar, sumindo-se na areia, cadenciam-me a letra do verso e modulam-me a sílaba da frase. Ao cadinho do estilo gramatical vou buscar a coloração das figuras literárias, que embelezam a escrita da paisagem limiana. São as ninfas sedutoras do Lima comigo a poetar e, juntos, a romancear belezas. Versos que pedem melodias...romances que transcendem amores. Viana é Canção... Viana é Amor. Carlindo Vieira"
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Prefácio

Apresentação

Sai, agora,à luz da publicidade, o livro intitulado “MEMÓRIAS DO PASSADO…CONTOS DO PRESENTE”.

Foi precedido por quatro fascículos, de cinco exemplares cada um, que foram compostos em “fac simile” de livro, de maneira informal, mas que nunca foram tornados públicos.

A conselho de muitos amigos, resolvi aglomerá-los em um único livro e proceder à sua edição pública.

Este livro é a minha autobiografia descrita, não tanto a recordar os pormenores de cada passada que dei. mas mais escolhendo e historiando factos concretos e avulsos da vida real, desde a aldeia natal ao Seminário e desde a Igreja ao Ensino.

Foge-se ao sistema tradicional de indicar os pormenores biográficos de índole pessoal, poeque sobejamente conhecidos, para contar peripécias de uma vida fértil em episódios hilariantes.

Por isso, os traços registados nestes Contos, embora em alguns casos possam não parecer, são “pedaços de uma vida” contada aos bocadinhos, sem rigor temporal, nem ordenança lógica.

Todas estas histórias são textos de pequena dimensão.

Nunca gostei de artigos grandes ou de livros volumosos porque, além de mais trabalhosos e complicados, afastam o leitor que, integrado numa vida cheia de “stress”, não perde tempo a saborear “literaturas” longas e pesadas.

A experiência diz-nos que esses livros, mal folheados, vão para a estante mais próxima.

A falta de tempo exige textos resumidos e coisas que despertem um mínimo de interesse e curiosidade. Caso contrário, o leitor fica-se pela leitura do título ou do cabeçalho.

Pretendo com esta autobiografia demonstrar que, em qualquer vida normal, existem coisas de valor e, até, divertidas, que devem ser transmitidas aos que nos rodeiam, não como exemplo a imitar, porque isso seria arrogância e narcisismo, mas como actividade comum de qualquer mortal.

É sempre útil e proveitoso reviver a vida antiga, seja no campo religioso, seja na esfera do social.

Casa do Esteiro, em Agosto de 2006.

Carlindo Vieira

Outros

Badanas

Fotografia, biografia e bibliografia do autor.

Contra capa

Fotografia do autor, na juventude.

Excertos

“Quem como eu, já dobrou a acas dos setenta, nota uma grande diferença, entre a vida de antanho e a de hoje.

É tal a diferença que, quando um velho ancião, daqueles recuados tempos, conta aos jovens de hoje os pormenoresnda vida de então, eles nem querem acreditar.

Um dia, numa aula deb Português, por motivos que não vêm ao caso, lembrei-me de fazer uma comparação entre o modo de viver daqueles tempos e os de hoje.

Falei, apenas, de vestuário e da alimentação.

Recordei que naquele tempo se partia uma sardinha ao meio, qie se comia todos os dias uma malga de caldo, que o pão do pequeno almoço era do dia anterior,etc.

Falei-lhes de as crianças pequenas andarem todo o ano descalças pelos caminhos; depois, mais crescidas, de utilizarem alpercatas espanholas e de só usarem sapatos quando faziam o exame da quarta classe ou quando iam à comunhão solene.”              in “Chupeta de Açúcar”

“Não me posso queixar da vida.

Fui sempre uma pessoa simples, que subiu a vida a pulso, mas com a graça de Deus, considero-me uma pessoa realizada.

Nanja, que oficialmente tenha desfrutado de benesses, que me hajam facilitado o desenrolar da minha vivência na terra.

Muito, pelo contrário.

Nunca fui pescado à linha para nada, mas sempre fui arrastado na rede de pesca geral.

Contudo, nunca desarmei, nem me deixei embalar na pachorra do “Maria vai com as outras”.

Procurei sempre, embora de forma imperfeita, como sucede a qualquer mortyal, fazer render os poucos talentos que Deus me concedeu.      in “Semana de Estudos na Alemanha”

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