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O Porto de Viana do castelo e as Navegações para o Noroeste Atlântico

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"Natural da Póvoa de Varzim, reside na freguesia de Vila Mou, Viana do Castelo, desde 1968. Sacerdote católico, ordenado em 1965, na Sé de Braga, é pároco das freguesias de Vila Mou e de S. Salvador da Torre. Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Foi professor de História do Ensino Secundário e da Universidade Católica, encontrando-se aposentado. A última escola em que leccionou foi a Escola EB 2,3 / S de Lanheses. É autor de numerosas obras de investigação histórica sobre Viana do Castelo e o Alto-Minho. Foi agraciado como "Cidadão de Mérito" pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, em 1999."
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“O porto de Viana contituiu, durante o período quinhentista, uma poderosa e eficiente rampa de lançamento de navegações para o Noroeste atlântico.

Os Descobrimentos vieram revolucionar a fisionomia e conhecimento das economias do Atlântico. Desde o Norte ao Sul, das Antilhas à Europa e África foi montada uma rede de transportes que pôs em contacto as áreas económicas e culturais mais díspares e longínquas. Portugal e Espanha dividiram entre si, pelo tratado de Tordesilhas (1494) a maior parte do bolo. Contudo, outras potências vão entrar, pouco tempo, na concorrência. Falamos da França, Inglaterra e Holanda. Por toda a parte, actuando em consonância com os monopólios estabelecidos, pulula uma burguesia marítima á vida de riqueza e bem estar. As plantas da povoações do Litoral apresentam sinais de desenvolvimento e modernização. Um poderoso surto demográfico invade-lhes as artérias. Razão tinha Fernand Braudel quando afirmou: «O Atlântico explica-se pelo contraste. É certamente uma unidade humana, e a mais vigorosa do mundo actual; é, também ele, um encontro e uma liga… O Oceano, de um pólo ao outro, oferece as cores de todos os climas da terra…»

O porto de Viana não escapou ao movimento revitalizante do momento. Actuando fora fora da zona exclusiva dos monopólios, foi na ligação Europa do norte e as Ilhas ou Brasil que encontrou o habitat do seu desenvolvimento. No séc. XVI assiste-se à renovação das infra-estruturas de atracagem, comercialização e defesa. A sua frota multiplica-se e aperfeiçoa-se à luz das novas técnicas e ciência náutica. À sua volta cresce um poderoso interland, que o transforma na porta de saída para o Novo Mundo. Viana nascida junto do Atlântico, embalada pelo murmúrio das suas ondas apressadas e turbulentas, tornou-se nesta altura a expressão e retrato da vitalidade e vigor da economia surgida dos Descobrimentos: aberta, mundial, dialogante, cada vez mais apoiada na ciência e ao serviço da humanidade. (pág. 75 e 76)

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