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O Prestomado de Valdevez

Este ensaio apresenta-se dividido em duas partes: uma primeira dedicada aos préstamos em geral; uma segunda sobre as características e limitações do Prestomado de Valdevez.

Este trabalho integra-se na área de estudos das instituições religiosas medievais, procurando enquadrar o aparecimento e desenvolvimento do Prestomado de Valdevez no contexto histórico, geográfico e humano envolvente.

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Conheça o autor

"Natural da Póvoa de Varzim, reside na freguesia de Vila Mou, Viana do Castelo, desde 1968. Sacerdote católico, ordenado em 1965, na Sé de Braga, é pároco das freguesias de Vila Mou e de S. Salvador da Torre. Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Foi professor de História do Ensino Secundário e da Universidade Católica, encontrando-se aposentado. A última escola em que leccionou foi a Escola EB 2,3 / S de Lanheses. É autor de numerosas obras de investigação histórica sobre Viana do Castelo e o Alto-Minho. Foi agraciado como "Cidadão de Mérito" pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, em 1999."
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Excertos

“O Prestomado de Valdevez, que é anterior ao século XIV, é essencialmente um préstamo eclesiástico, isto é, um cargo de administração e pastoral, com remuneração anexa e exercido em território determinado, qual era a terra e julgado de Valdevez, que fazia parte da Comarca Eclesiástica de Entre Lima e Minho.

A sua singularidade vem-lhe do facto de não andar anexado a dignidades capitulares, como acontecia com outros préstamos que conhecemos.

Não era uma única instituição dentro do território da antiga diocese de Tui. De facto, conhecem-se mais dois prestomados. O prestomado de Minor, que a certa altura se transformou em arcediagado, e o prestomado de Valadares, que abrangia o actual concelho de Melgaço e parte do de Monção. Este último foi criado em 1383 pelo bispo de Tui D. João de Castro e anexado ao Tesourado do Cabido daquela cidade, transitando mais tarde, com a mesma designação, para a Colegiada de Valença, logo que esta foi criada por D. João Garcia Manrique, bispo da Comarca, nos finais do séc. XIV.

A história do Prestomado de Valdevez é difícil de fazer devido à raridade e dispersão da documentação.” (pág. 15)

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