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Pero do Campo Tourinho – Entre o Sucesso e a Desgraça

A obra, constituída por duzentas e cinco páginas e abundantemente ilustrada (incluindo o fac-simile de parte do processo contra Pero do Campo Tourinho), divide-se em duas partes. A primeira compreende o estudo propriamente dito da vida de Pero do Campo Tourinho. A segunda é um arquivo documental sobre o vianês a quem António Matos Reis dedica o estudo.
Ao longo da leitura dos diferentes pontos da primeira parte, são fornecidas ao leitor informações como:
– As origens vianesas de Pero do Campo Tourinho;
– A organização da capitania de Porto Seguro;
– O desenvolvimento da referida capitania;
– Dificuldades e problemas que Pero do Campo Tourinho teve de enfrentar enquanto capitão donatário de Porto Seguro;
– O processo contra o Capitão Donatário;
– O juízo final sobre o processo instaurado a Pero do Campo Tourinho.

Como documentos, o autor achou por bem apesentar os seguintes:
– Carta de Doação da Capitania de Porto Seguro;
– Foral da Capitania de Porto Seguro;
– Carta de Pero do Campo Tourinho a D. João III;
– Processo contra Pero do Campo Tourinho.

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Conheça o autor

"António Matos Reis nasceu nos arredores de Ponte de Lima, em 21 de Abril de 1943, e reside e trabalhou em Viana do Castelo, desde 1975 até à data de aposentação. É mestre em História pela Universidade do Minho, apresentando uma dissertação em História Medieval, posteriromente publicada em 1991, com o título "Origem dos Municípios Portugueses". Tal obra veio a tornar-se uma referência obrigatória para quantos se debruçam sobre a história do municipalismo em Portugal. Obteve o doutoramento, em 2004 com a defesa de tese sobre "Os Concelhos na primeira dinastia". Especializou-se em Museologia, na U.I.A. de Florença, em 1977, e pós-graduou-se em Estudos Especiais de História e Crítica de Arte, na mesma Universidade, em 1984. A sua actividade profissional repartiu-se até à data de aposentação, entre o ensino secundário oficial (1966 - 1999) e a direcção do Museu Municipal de Viana do Castelo (1989 - 2006). Neste museu exerceu o cargo de Conservador. Foi também Director do Departamento de Desenvolvimento Económico, Social e Cultural da Câmara Municipal de Viana do Castelo, desde 10 de Maio de 1990 até 31 de Dezembro de 1993. Tem exercido funções de direcção em várias associações: Vice-Presidente e depois Presidente da Direcção do Centro de Estudos Regionais; Secretário-geral e depois Vice-Presidente do Instituto Cultural Galaico‑Minhoto; sócio fundador e membro da Comissão Instaladora do Instituto Limiano - Museu dos Terceiros; sócio fundador, membro da comissão instaladora e Presidente da Direcção da Associação de Jornalis­tas e Homens de Letras do Alto Minho. É membro de várias associações, entre as quais se destacam: a Sociedade Portuguesa de Estudos Medie­vais; a Sociedade de Museologia, de Florença; o ICOM (International Council of Museums); a APOM (Associação Portuguesa de Museologia); a ASPA; a APH; a APAC. Foi Presidente da Comissão Organizadora das IV Jornadas Regionais sobre Monumentos Histórico‑Militares (Valença, 1984); membro da Comissão Organizadora do Congresso sobre a Ordem de Cister em Espanha e Portugal (Ourense, 1992) e da Comissão Organizadora do V.º e do VI.º Colóquios Galaico-Minhotos (Braga, 1994; Ourense, 1996). Reorganizou o Arquivo Histórico da Misericórdia de Ponte de Lima, e promoveu a publicação do respectivo catálogo. Em 1995, fez o levantamento do Património Cultural, situado entre Caminha e Esmoriz, para o Plano de Ordenamento da Orla Costeira. É autor de cerca de centena e meia de títulos, entre livros, estudos e artigos publicados em diversas revistas. Proferiu já várias conferências, em congressos e colóquios, em Portugal e no estrangeiro. Por deliberação unânime de 27 de Janeiro de 1997, a Câmara de Ponte de Lima atribuiu-lhe a "Medalha de mérito cultural" que lhe foi entregue no dia 4 de Março do mesmo ano, na sessão solene comemorativa da fundação da vila."
Autor:

Concelho do autor:

Editora:

Data de Edição:

Local de Edição:

ISBN

972-9467-16-1

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António Matos Reis – Breve nota biográfica

António Matos Reis nasceu nos arredores de Ponte de Lima, em 1943, e reside e trabalha em Viana o Castelo, desde 1975. Mestre em História pela Universidade do Porto, prepara a dissertação de doutoramento sobre Os municípios portugueses na segunda metade da primeira dinastia. Completou, na Itália, cursos de especialização em crítica de arte e em museologia. A sua actividade profissional repartiu-se, até ao presente, entre o ensino secundário oficial (1966-1989) e adirecção do Museu de Viana do Castelo (1989-2000).
O seu livro Origens dos Munic+ipios Portugueses (Lisboa, 1991), dissertação de mestrado em História Medieval, tornou-se uma referência obrigatória para quantos de debruçam sobre a história do municipalismo em Portugal. Estudos monográficos sobre vários forais antigos do noroeste português, que se iniciaram com o de POnte de Lima e já incluem os de Viana, Valença, Melgaço, Barcelos, Guimarães e Porto, têm sido acolhidos como trabalhos exemplares.
Paradigmática foi considerada a monografia A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima no passado e no presente (Ponte de Lima, 1997), tal como pioneiro já tinha sido classificado o seu trabalho de levantamento e inventário do Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima.
Entre mais de uma centena de trabalhos de investigação já publicados, merecem especial destaque nos meios científicos os ensaios O Preço dos cereais em Ponte de Lima 1625-1925 (Ponte de Lima, 1980), Lopes – uma família de artistas no norte de Portugal e na Galiza (Guimarães, 1986), Viana do Castelo em 1517 – urbanismo, demografia e sociedade (Viana do Castelo, 1994), Caminhos da História da Arte no Noroeste de Portugal (Viana do Castelo, 1995), O Santuário da Senhora da Boa Morte na iconografia e na História da Arte (Viana do Castelo, 1997).
No corrente ano publicou a obra Ponte de Lima no tempo e no espaço (Ponte de Lima, 2000), extensa monografia doconcelho limiano, a que se segue o estudo Entre osucesso e a desgraça: Pero do Campo Tourinho, Fundador de Porto Seguro (Viana do Castelo, 2000).

Excertos

“1. As origens vianesas”

“1.1- Pero do Campo, como indica o próprio nome que adoptou, morava, em 1517, no arrabalde do Campo do Forno, segundo o testemunho do rol da finta para a construção da ponte sobre o Guadiana. O Campo do Forno era a praça resultante da expansão da vila para fora das muralhas, no século XV, na direcção do norte, praça que, logo no início do século XVI, com a erecção dos novos Paços do Concelho, seguida pela da Misericórdia, e pela da fonte de João Lopes o Velho, se tornaria o centro da povoação, mantendo esse estatuto até meados do século XX. No arrabalde do Campo do Forno, englobava-se, em 1517, um conjunto de arruamentos incipientes que estavam a formar-se ao redor dessa praça e se consolidarão nas décadas seguintes.

O apelido “do Campo” está relacionado com este espaço, onde Pero residia, como regista a mencionada finta lançada em 1517. Outros vianenses com o nome de Pero ou Pedro, viviam no mesmo arrabalde, e o facto de entre essa dúzia e meia de moradores apenas este se chamar “do Campo”, para o distinguir de outros habitantes da povoação, estará relacionado com o prestígio de que gozava no seu meio social.

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