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Poemas da Emigração

Nesta obra se encontram reunidos poemas de quatro livros anteriormente publicados pelo autor:”Sentimentos da Ausência”, “Poemas da Imigração”, “Na Cidade Estrangeira” e “Emigrar na Primavera”, poemas pensados es escritos fora do seu país.

Profundamente marcados pela saudade do seu país, neles o sujeito poético faz desfilar refrências a uma vida em terras longínquas “Quem resiste”, aos lugares “Um Vale de Ausências”, tradições “Noites de Natal” e “Páscoa” e gentes da sua terra “Camões” e “Descem a fronteira em Agosto”.

Pelo meio das “saudosas árvores”, das “fontes”,das “folhas”, dos “ventos”, somos confrontados com uma dor psicológica, com um sentimento de ausência que dá as mãos à saudade.

A cidade que o acolheu no seu exílio também não é esquecida como se pode sentir em “Na Cidade Estrangeira” e “Ode à Cidade”.

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Conheça o autor

"Nascido em Ponte de Lima. Em Março de 1973, emigra para a Alemanha e, em Junho desse mesmo ano, adere ao Núcleo dos Trabalhadores Socialistas na Emigração.Em 1976, abandona a militância partidária.Nesse mesmo ano faz parte do grupo fundador dos Trabalhadores Portugueses da Cidade de Osnabruck, cuja finalidade é a Defesa da Língua Portuguesa na Emigração.O seu primeiro livro de poesia foi bilingue. Colabora na Revista de Artes e Letras - Peregrinação (1982-1984) e na antologia A Emigração na Literatura Portuguesa (1985) Recolha de A. M. Pires Cabral (1985) e na Diáspora em Letra vIVA (1988). Em 1984 regressa definitivamente a Portugal e tem colaboração dispersa (crónicas) nos jornais Cardeal Saraiva, Aurora do Lima, Foz do Lima e Alto Minho. Em 1994 faz parte do gru+po fundador do movimento (ambientalista) Para a Defesa do Rio Lima."
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Local de Edição:

ISBN

978-989-20-1905-5

Prefácio

Trajecto dum emigrante poeta

O fenómeno social excepcional que foi a saída (e fuga) do país nos anos sessenta e inícios de 70 do século passado, que envolveu na sua maior parte an juventude, e determinou a fixação em França, na Alemanha e em outros países de centenas de milhar de portugueses, ainda que tenha dado lugar ao aparecimento de uma poesia verdadeiramente distinta e de indiscutível afirmação, não teve ainda quem a estudasse devidamente a ponto de ser devidamente reconhecida (1). Uma parte dessa juventude, a mais levada, regressou ao país após a revolução do 25 de Abril aí desempenhando um papel destacado tanto nas letras como na esfera sócio-política. Alguns artigos revelaram aspectos da expressão poética daí derivada e, estamos certos que não tardará a ser estudada. O lugar que ocupará na cultura portuguesa essa actividade criativa (inclusivamente no domínio m,ais interferente da música) está garantido por se associar ao movimento social e político que marcou o último terço deste século.

Através das duas principais revistas que nasceram entre os portugueses residentes na Europa – Peregrinação (1985-1995) e Latitudes (1997- …) tivémos oportunidade de conhecer de perto a criação poética de Amândio Sousa Dantas que, muito jovem, publicou o seu primeiro livro, Sentimento de Ausência, em Osnabruck, no norte da Alemanah, seguindo-se outros, antes de regressar à sua terra de origem o prolífero e acolhedor Minho. Ao reunir agora poesia sos seus primeiros quatro livros, pensada e sentida no exterior, evidencia a fidelidade a uma juventude conturbada que talentosamente soube superar pelo risco da escrita, o modo de expressão que brota naturalmente das suas veias. A sua escrita actual, não obstante conservar a mesma elegância, denota maior hermetismo ao mesmo tempo que se abre para temáticas que conquistaram oportunidade.

(…)

As composições aqui reunidas fruto das suas primícias poéticas, criadas num clima tão particular, comportam, como sucintamente apontámos, além dum significado estético, uma imagética distinta intimamente ligada o espaço geográfico e ao tempo psicológico vividos, e que ficarão a assinalar um caminho irreversível que por intermédio do seu talento poético é proporcionado a todos nós e para sempre. Este acto editorial pode encarar-se aínda como um marco assinalável nas terras do Norte de portugal, das que mais verteram gente pela Europa fora, provocado pelos egoísmos duma minoria, lançando o país e a sua juventude numa intolerável aventura humana. No seu estro poético Amândio havia de aperfeiçoar o seu modo de resistência, tal bóia de náufrago no largo atlântico.

Outros

Badanas

Paisagem de socalcos; bibliografia do autor.

Contra capa

Paisagem de socalcos “Socalcos de Rendufe”, de Amândio Vieira.

Excertos

Mesmo que o poema

mesmo que o poema

seja só

a pedrinha

atirada rente

à água

num dia

de sol

nos olhos

apedrinha

na água

deixa sua onda

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