Prefácio
“E Poetas Nasceram:
Hoje em dia, podemos dizer que há várias tácticas de que os professores se podem servir para fazer com que os seus alunos, desde os mais tenros anos, se entusiasmem a escrever e ler poesia, sem hesitações, sem medo. Porque a Poesia não é inatingível nem privilégio de só alguns, nem mete medo a ninguém. Não há a velha aflição do medo de errar, simplesmente porque… não há erro possível se escrevermos o que o bico da nossa esferográfica se lembra de escrever…ou escrevermos…Tão simples como isto – e se não gostarmos, riscamos!!! Agora o pior é se pensamos: ” Eu não sou capaz!”
Maria Alberta Meneres
“Três Anos…Uma História…Um Poema!
Três anos passaram…sem nos apercebermos, descobríamos a poesia!…Mundo complexo que desconhecíamos, planeta que gira em torno de palavras feitas, refeitas, por fazer, satélite natural da imaginação…caixa de surpresas infinitas!…E surpresas agradáveis cresciam. E muito mais havia ainda a descobrir, pois ” A poesia não morre!
Excertos
“Quantas vezes no silêncio das horas incertas,
Busquei o prazer das palavras,
Escritas sobre uma mesa quaquer.E deixava que elas caíssem
Devagarinho sobre a minha alma
Eram palavras, enroladas nas linhas de um papel,
Tantas vezes amarrotado, que até mim chegavam.
E chegavam, inseguras, trémulas,
Vacilantes, como se à espera de um deus.”
Ana Paula Cerqueira
Três Anos…Uma História…Um Poema!
Foram três anos de aprendizagem contínua. Conhecemos professores novos. Novos amigos surgiram…e recordo o que alguém dizia baixinho: “Aprendam a escutar o silêncio! O silêncio é de ouro! Escutem o…”
Pensamentos em torno nasciam… lembranças, sonhos por concretizar.
Três anos passaram sem nos apercebermos, descobríamos a poesia!… Mundo complexo que desconhecíamos, planeta que gira em torno de palavras feitas, refeitas, por fazer, satélite natural da imaginação…caixa de surpresas infinitas!… E surpresas agradáveis cresciam. E muito mais havia ainda a descobrir, pois “A poesia não morre! As palavras pulam dentro de nós como potros à solta!” — alguém dizia baixinho.
Primeiro as quadras, básicas mas significativas, com as quais já sentíamos que podíamos desabafar!… E a pouco e pouco descobríamos novas formas de poetar que nos libertavam do banal, já visto e revisto!… Cada um vestia um estilo próprio. E de uma árvore nasciam pequenas árvores!… Em cada poema, migalhas de evolução e muito ainda havia para dar!
Três anos… e uma história se foi construindo. A cumplicidade aumentava. Podíamos, agora, dar tudo de nós às palavras, deixar a caneta deslizar sobre o papel e escrever o que o pensamento mandasse, o que o coração sentisse … sem hesitação nem medo de errar!… Neste nosso mundo não havia certo nem errado. Não havia feio nem bonito… Tudo girava em torno do que sentíamos.
E aos poucos fomos desenhando nas palavras a nossa poesia. E a sede de escrever crescia cada vez mais. Abordar novos temas, por que não? Não usar regras, frases ou palavras predefinidas? Por que não?
Três anos … editar uma antologia?… Por que não? Olhos brilharam de entusiasmo. Corações pularam de orgulho! Ia ser difícil, pois teríamos que dar muito de nós, mas a vontade era mais forte do que o medo de falhar.. .e o brilho instalou-se em nós. E com coragem e determinação, o projecto ganhava cor…
Hoje, passados três anos de esforço intenso, de descoberta contínua, de anseios e tristezas, de incertezas, mas também de alegria, de gozo.., de satisfação, de risos e ais, uma história se construiu. Há ainda muito para aprender, mas esta História ficará para sempre gravada nas nossas memórias. Foi com ela que demos os primeiros passos no mundo da poesia. Três anos… e aqui está a nossa antologia. A sonhada? Talvez não. A possível? Quem sabe. Porém é, com toda a certeza, o resultado da nossa História, que, apesar de terminada, é ainda o início de um mundo a ser explorado… mundo misterioso que nunca será totalmente descoberto e que nos trará muitas surpresas pela vida fora., porque continuará a germinar dentro de nós como a semente na terra lavrada.
Mariana Lima
Fevereiro de 2003
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