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Moranga
MORANGA é um livrinho com 33 poemas, sem título, numerados precisamente de 1 a 33, que nos falam do amor e do fazer poético.
Do primeiro, o autor diz que nos dá a verdade.
Sempre que fala de amor, Geraldo Tavares dirige-se à mulher a quem dedica o livro, à “ moranga, sentada na cadeira grave / da sala de estar”. À MORANGA que o enfeitiçou pois “ela veio e a vida ficou melhor”, que o amor é mesmo um de repente e “ para quem ama / não é inútil nada” .
A MORANGA é pois uma omnipresença e até “ A pastelaria monótona, fumarenta / cheia de gente fútil, elegante, / perde seu ar, seu torpor constante, / se Ela a meu lado se compõe e senta”.
A propósito do fazer poético o poeta espera que “ seja simples meu verso como o meu amor:/ a frase não vá / além do dia a dia, / que aí, julgo eu, / está a poesia”. A poesia é a sua circunstância, o seu dia-a-dia, a vida:
“Vida! Quero vida a borbulhar nos versos!
Não mais palavras gastas, imprecisas:
Venham as coisas concretas, precisas,
Os termos sãos, os sentimentos tersos!”
Burguês Anti-Burguês
(…) Burguês Anti-Burguês denuncia os interesses criados e instalados que abafam e apagam na consciência a realização íntima e profunda do eu, da vida e até do amor. Impedindo a auto-realização, fazem do homem uma máscara de futilidade e ilusão caindo-se no inautêntico e no fora de si, na exterioridade do mim. Surge aqui a linha mestra de quase toda a obra, a luta entre o espírito e a matéria. (…)
A vida, e por consequência a obra, é uma superação. Poesia do frágil derruir de tudo, do declínio da ilusão “Cumpre o teu dever que é envelhecer” e de algum desprendimento em que o tempo surge como crepúsculo total na sua fugacidade que apaga e destrói o efémero e o sonho, igualando os humanos na morte. A morte como o grande horizonte ou aurora da vida é também um tema central na obra de Geraldo Aresta.(…)
Mas, se a presente obra brota da intimidade, é de nóms que ela se ocupa e, por isso, nos abala. Porque nos arranca a máscara e vai directa às nossas fraquezas. (…)
in Prefácio de “Burgês Anti-Burguês”
( excertos)
Diário dum estrangeiro
Sabemos da sua existência mas está esgotado.
No Banquete dos Deuses
Sabemos da sua existência mas está esgotado.
Livros relacionados
Espelhos de Alguém
A obra Espelhos de Cristal é uma colectânea de textos seleccionados que um grupo de vinte e nove alunos do Colégio do Minho produziu ao longo dos três anos que constituem o terceiro ciclo do Ensino Básico, em Oficina de Escrita, nas aulas de Português.
No prefácio sequente à dedicatória, explica-se, com algum pormenor, como despontou a ideia de publicação dos trabalhos produzidos, assim como as várias fases que conduziram à sua concretização.
O corpo da obra é constituído por cento e quarenta e seis textos (trinta e um em verso, cento e quatro em prosa e um que, sendo iniciado em prosa, termina com um poema), repartidos por cinco áreas temáticas, intituladas, respectivamente: “Homenagem”; “Recuando no Tempo”, “Olhando à nossa Volta”; “Ambições” e “Flashes de Inspiração”. Cada área temática é introduzida com um desenho alusivo ao tema, da autoria de quatro dos autores dos textos.
Encerra Espelhos de Alguém um texto denominado “Agradecimentos”, em que o grupo de autores demonstra o seu apreço e gratidão àqueles que o ajudaram no projecto.
LINHAS TEMÁTICAS
Apresentando-se a colectânea dividida, segundo o que nos é referido no prefácio, em cinco áreas temáticas, em cada uma delas podemos detectar vários subtemas. Assim, na primeira área temática, designada “Homenagem”, os dez textos que a integram têm como objectivo prestar um tributo a alguém que o autor considera especial. Em vários casos, os homenageados são ambos os progenitores (“Sois! Não Sois”, “Os meus melhores Amigos”, “Queridos Pais”, “Como seria se eles não existissem”, “Os nossos Anjos da Guarda”), havendo outros dedicados exclusivamente à mãe ( “A melhor Prenda é para ti, Mãe”, “Para ti, minha Mãe”), ao pai (“Pai, meu Anjo da Guarda”), a alguém não identificado (“Partilhar”) e à Virgem Maria (“Maria, também és minha Mãe”). Os dezasseis textos de “Recuando no Tempo”, a segunda área temática, são, primeiramente, um testemunho, na primeira pessoa, das vivências estudantis dos anos passados no Colégio do Minho, estabelecimento de ensino frequentado pelos autores. Os colegas, os professores, o edifico, as brincadeiras, os momentos mais marcantes de uma caminhada rumo à conclusão do terceiro ciclo de escolaridade são recordados em textos como “Três anos da minha Vida”, “Sete anos da minha vida”, “Nove anos da minha vida”, “Para sempre recordar”, “Crescendo para o mundo”, “Guardo na memória do coração”, “Recordações do Colégio”, “Sempre a aprender”, “São já uma lembrança”. Em “Momentos para recordar” e “Recordações”, os autores recordam, respectivamente, a perda do seu animal de estimação e um familiar próximo cuja imagem deixou uma marca indelével em toda a família. Existem ainda textos de ficção, em que os protagonistas ou vivem umas férias em Itália, tendo a oportunidade de conhecer várias cidades e monumentos daquele país (“Uma viagem a Itália”), ou nos transportam para um mundo dominado pelos mais belos sentimentos que, sem motivo aparente, se transforma num outro que é aquele em que vivemos (“Como tudo aconteceu”). Recordam-se também momentos de um passado feliz que não soube ser aproveitado (“Impossível voltar atrás”) ou a romanização da Península, segundo as memórias de um legionário romano (“Um jovem legionário”). Em “Olhando à nossa volta”, o conjunto de oitenta e três textos aglutinados sob esta designação centram-se à volta de uma questionação e de uma reflexão sobre o eu (“Eu”, “Tudo o que vejo”, “Universo – Uma fonte de vida e de amor”, “Sou apenas…”, “Sou único no meu Universo”, “A minha boa estrela”, “A Caminhada”, “A mãe Natureza”, “Facetas”), a missão que compete ou virá a competir a cada um dos jovens autores (“A minha profissão – Estudante”, “Aprender sonhando”) e o seu lugar no mundo (“Cidadão do teu Universo”, “Tenho o direito”, “Enquadro-me aqui”, “Um lugar ideal”, “Artesão do Infinito”, “Quem somos nós”, “Questões… Dúvidas… Incertezas”, “Olhando através de tudo”, “Arquitecto do Mundo”, “Uma missão a cumprir”), as emoções e os sentimentos que nos percorrem (“Reacções emotivas”, “Sensações antagónicas”, “O espelho da Alma”, “Coisas boas que nos fazem sentir bem”, “Razões para chorar”, “Fiquei com lágrimas nos olhos”, “Coisas do dia a dia”, “Continuar”, “O Fogo do Amor”), as contradições do mundo (“Um mundo contraditório”, “Os contrastes do mundo”), o futuro (“Futuro – Uma fantasia distante”), a vida (“A mais bonita Tela”, “As estações da Vida”, “Mais do que um caminho”, “Um caminho… Um rumo… Um destino”, “Do Infinito ao Paraíso”, “Caminhos que vou pisando”, “O labirinto da Vida”, “Amar com amor”, “A vida”, “Quotidiano”) e as opções que temos de tomar ao longo dela (“Aprendendo constantemente”, “Opções”, “O prazer de uma escolha acertada”, “Caminhos contraditórios”), a escrita (“Mais do que uma inspiração”), a leitura (“Horas passadas mais depressa”), o Universo (“Imensidão”, “Cidadão do Universo”), o espaço ideal para ser feliz (“Uma longínqua aldeia que possuía um vale encantado”, “Um espaço multicolor”), a amizade (“O reflexo da amizade”, “Um segredo para desvendar”, “O segredo da amizade”, “Amizade, o que serás tu, afinal?”, “É difícil definir”, “Amigo, encontro-te no silêncio”, “Um gesto maravilhoso”, “Procuro um amigo”, “Uma conquista difícil”), a juventude (“Somos uma geração fantástica”, “Somos assim”, “Acróstico”) e a alteridade (“Afinal, somos todos iguais”, “Eu e os outros”, “Outros que não eu”, “Alguém”, “Mundos diferentes e tão iguais”, “A voz da sabedoria”, “Perspectivas”, “Outros diferentes de mim”, “Um profundo desejo”, “À volta do meu pensamento”, “Os Outros”, “Uma vida de antíteses”). “Ambições”, assim se denomina a quarta área temática, apresenta-nos vinte e um textos (dezassete em prosa e quatro em verso) subordinados a subtemas como a concretização de desejos e esperanças (“Desejos… Esperanças… Ilusões”, “Acróstico”, “Fazem parte de cada um de nós”, “São mais do que projectos”, “Dão sentido à nossa vida”, “Caminham a nosso lado”, “Três palavras perdidas: Desejos, Esperanças, Ilusões”), a busca de algo (“Ando à procura”, “Em busca de algo”, “Desejo encontrar”, “Conhecerei o que procuro?”, “Procuro”; “Razões para procurar”, “Corro ao encontro”, “Ajudar a viver”, “Professor?”, “Correr”), o desejo de mudança (“O sonho”, “Lutar para transformar”) e de descoberta (“Descobrir”).
“Flashes de inspiração” englobam catorze textos, cinco dos quais em prosa e nove em verso, focando temáticas que se relacionam com a criatividade e o poder de imaginação dos seus autores. Alguns deles versam sobre a imagem que cada autor criou do que poderia ser o Infinito e de como proceder para lá chegar (“Viajando até ao Infinito”, “Até ao Infinito”). Em “Entre alegrias e desencantos”, são abordadas estas duas facetas da vida: a alegria e a desilusão e em “O que escrever?”, faz-se uma reflexão sobre o binómio pensamento/escrita.
A capacidade para a produção poética é focada em “Todos somos poetas” e “Ser poeta”; o amor é tema em “Como dizer o amor?” e “Amar” e o sonho surge em “O sono” e “Um sonho tornado aventura”. Recordações é o tema de “Lembranças” e o respeito pelo estipulado como trampolim para o sucesso é-o em “Vencer”. No poema “Alma”, o mar surge como espelho da alma e em “Sentir” salienta-se a importância das sensações como ponto fulcral da vida.
Singelamente Isto
“Singelamente Isto” é um livro em que o autor nos coloca no universo das crónicas, da correspondência e da poesia.
Em todos, segundo o autor, encontramos sentimentos sem fingimento ou artifício, sem tabus mesmo em relação à linguagem erótica.
Em poesia encontramos diferentes estilos que, desde 1961 no Brasil e até 1966 em França e em Portugal foram nascendo da criatividade do poeta.Outras há que o poeta foi recuperar de ” A Poesia de um Louco” ( entretanto esgotado) remodelando- -as.
Verboso de mais e de menos
“Verboso de mais e de menos” é uma obra singular com textos em prosa e em poesia que o próprio autor classifica de Proesia.
Muitos dos seus textos, como já acontece noutras obras do autor, são gritos de rebeldia explicados pela sua descrença nos pilares dominadores da Sociedade.
Adepto assumido do Anarquismo, questiona e polemiza tudo , numa busca incessante da Verdade.
No Banquete dos Deuses
Sabemos da sua existência mas está esgotado.
Espigueiros
Primeira obra literária de Paulo Barreto, ESPIGUEIROS “pão com estórias” oferece aos seus leitores “estórias” protagonizadas pelas gentes do Vale do Âncora.
Lado a lado com diversas imagens pictóricas de espigueiros, é descrita a vida das gentes de Âncora em tempos difíceis.
“Apresentado na primeira pessoa, (…), não é a história do EU que sobressai. Digamos que aquilo que ressalta de mais importante são os episódios de uma determinada época, num lugar exacto, com vários intervenientes de carne e osso.
Para situar o leitor e se situar ele próprio, o autor começa a narrativa de forma exemplar:
“…estão a completar-se 60 anos que, na companhia de meus Pais, andei pelas ruas a semear estrelas… as estrelas partiram para o lugar que era o seu, deixaram a terra e, na dança mais bela que as gentes olharam escreveram no Céu: Acabou a guerra!!!” (guerra de 1939/45).
(…)
Os espigueiros, esses, foram o pretexto para nos falar do tempo da guerra, da fome, do racionamento, dos compadrios, da repressão, também da solidariedade e da coragem s do comboio fantasma que transportava para fora o que para muitos faltava cá dentro.
Na escrita, o autor, intencionalmente, salienta mais as figuras modestas do que as altas personalidades.(…)
O pão, sempre o pão, abrindo também a porta à etnografia.
(…)
Mas volta, não volta, página que passa e o Pão sempre na estória.
Na masseira, a mulher de mangas arregaçadas, as mãos e os antebraços bem lavados com sabão azul e branco, punhos fechados como se quisesse agredir o mundo, dá,que dá, na massa que irá levedar.
E o livro vai-nos falando da levedura caseira- o fermento – da mistura das farinhas, da água quente e do sal que baste…
(…)
São verdadeiras informações etnográficas, óptimos pontos de partida para estudos académicos.
Glória Maria Marreiros
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